Lenine revisitará os seus grandes êxitos num espetáculo raro e intimista pensado especialmente para o Misty Fest.

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Com dez álbuns em nome próprio, Lenine é sem dúvida um nome de referência, estatuto confirmado com a conquista de cinco prémios Grammy Latino e nove Prêmios da Música Brasileira. As suas canções foram gravadas por nomes como Elba Ramalho, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Maria Rita, O Rappa, Zélia Duncan, entre muitos outros. Produziu também trabalhos de Maria Rita, Chico César, Pedro Luís e a Parede e do cantor e compositor cabo-verdiano Tcheka, além de bandas sonoras para novelas, series de televisão, filmes, espetáculos de dança e teatro. É sem dúvida um nome grande, da primeira linha da melhor música do Brasil. E quem já o ouviu cantar êxitos como “Paciência” (parceria com Dudu Falcão), “Jack Soul Brasileiro” ou “Hoje eu quero sair só” não lhe nega os aplausos que de facto merece.

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Lisboa, CCB

Porto, Casa da Música

Dom La Nena apresenta novo disco SOYO em Portugal

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Os elogios da crítica internacional não têm parado de distinguir a voz, a música, a postura e o trabalho de Dom La Nena. Soyo, o seu novo trabalho,  levou o conceituado New Yorker a escrever que todas as suas canções “soam sagradas”.
O disco conta com produção do grande Marcelo Camelo, ele mesmo um artista de méritos mais do que reconhecidos em Portugal, e o cantor e compositor só tem palavras lindas para falar de Dom La Nena.  Leia aqui o texto que Marcelo Camelo escreveu sobre ela:

“Dom é exemplo raro das contradições que carregamos. Uma menina doce de rosto franco e olhos determinados, que compõe com frescor germinal as canções que ainda queremos ouvir, canções sobre os sentimentos que nos são tão verdadeiros que as vezes escapam desapercebidos entre as luzes e presenças de apelo mais cintilante. Canções de leveza feminina, de olhar indireto, dos assuntos que se enredam no silêncio.
Tudo parece fazer os olhos correrem no mesmo sentido até ela se sentar ao pé do violoncelo e começar a arrumar-se pra tocar. As luzes diminuem, as cores se intensificam, as paredes se ajeitam, tudo vai tomando outra forma e o ar entre nós e ela se adensa. Seu rosto fica sério de um jeito a conseguir anunciar o que vem. Mas é quando o seu arco encosta nas cordas do violoncelo que você tem verdadeiramente o outro espectro de Dom em estado bruto. Pelo som que ele causa mas também pelo que o som causa nela.
As dualidades se entrelaçam, se enamoram, se confudem e transformam. Não somos capazes de isolar características nossas umas das outras. A compositora encontra a violoncelista que encontra a menina. Todas se tocam. Transformam-se mutuamente em cena criando uma visão destas que pode fazer parar o tempo.
E um tempo parado parece mesmo o apropriado pra ouvir o que ela tem a nos dizer. Uma história não daquilo que é absurdo e excepcional, mas daquilo que encontra seu caminho na sombra dos grandes acontecimentos. A verdade perene escondida injustamente dos menos sensíveis por alguma explosão oportunista. São nossas pequenas saudades, pequenos desencontros, as ausências que nos fazem mais humanos e mais reais.
Dei-me aos seus versos como se fossem meus, com carinho e identificação com ela e suas histórias. Fazíamos graça ao descobrir o samba ou algum dos seus desdobramentos em quase todas as músicas, logo ela gaúcha, crescida em Buenos Aires e residente em Paris. Fazendo ecoar ranchos e rodas de Jacarepaguá, meu bairro de infância no subúrbio carioca.
Fizemos isso no estúdio do meu compadre, com a presença do importante Jérôme, companheiro de Dom e muso dos seus feitiços. Embalados por um carinho mútuo e um volume de trabalho que fez as horas parecerem minutos.
!Assim como eu, naqueles dias de inverno todos em volta deste projeto sentiram-se envolvidos pela beleza das canções e pela fluidez com que elas decorrem. Todos se encantaram com Dom e seu mundo e eu me senti honrado e agradecido por estar dentro dele por um breve momento. Testemunhar as suas transformações e a sua alegria viva, poder dançar imaginariamente o samba que está em tudo que é bom, me fez também mais feliz.”
Marcelo Camelo

Assista aqui ao novo video que estreou esta semana na revista Bilboard do Brasil.

Misty Fest – a nova logomarca

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O novo logo do Misty Fest apresenta-se num estilo que vinca o seu caracter original, único e vibrante. Retrata o sabor urbano da marca com uma linguagem hand made, não fosse o Misty um festival de autor. Os tons que o envolvem alimentam-se em texturas que nos rementem para um sweet november, altura em que o Misty volta todos os anos. O pássaro misteriosamente pousado sobre o lado direito reflecte uma atitude para um voar multigeracional, como aqueles que se relacionam com o Misty Fest – sempre disponiveis para a viagem de descobrir. A nova linguagem reflete ainda mais a alma de mistério que este festival põe em tudo o que faz.

O ser Misty é também o acreditar que há espaço para fazer a diferença com dimensão e relevância. E em 2015 também assim seremos.

Dead Combo e as Cordas da Má Fama – Estreia Misty Fest

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A dupla de Tó Trips e Pedro Gonçalves apresenta-se ao lado de um trio de cordas composto por Carlos Tony Gomes no violoncelo, Bruno Silva na viola de arco e Denis Stetsenko no violino, oferecendo ao público uma viagem inédita pelos mais emblemáticos temas da sua discografia. Uma estreia absoluta Misty Fest.

Consta que se encontraram em Lisboa, numa escura ruela que transbordava de cheiros e odores que pareciam estar colados às paredes imundas. Eram três, de casacos de abas de grilo cheios de mofo, cabelos que pareciam ter sido passado por uma velha frigideira de bifanas e olheiras que mais pareciam buracos negros.

Disseram que tinham naufragado no Lusitânia, aquele navio de que só se falava sussurando, para não despertar os fantasmas que nele habitavam desde há muito. Segundo eles, o Lusitânia tinha sido engolido por uma vaga gigantesca, causada pelas vibrações acústicas da orquestra de cordas, quando cruzavam o oceano pacífico.

Restaram apenas aquelas três almas penadas: O magro violino do leste, a viola do Sul e o violoncelo do Norte. Fizeram uma barcaça com os seus instrumentos remaram com os seus arcos e acabaram algures na América do Sul, de onde viajaram, tocando para ganhar uns trocos, até aqui chegar.

Gato Pingado e o Gangster olharam para eles e disseram: “Almas penadas com cordas de má fama…. Juntem as vossas cordas às nossas!”

E seguiram rua adentro até desaparecerem os cinco no meio do fumo da velha fábrica de chapéus.

Iron & Wine ao vivo no Misty Fest

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Pela primeira fez em Portugal num concerto especialmente concebido para o Misty Fest.
A sua música tem sido equiparada à de artistas como Bon Iver,  José Gonzalez, Surfjan Stevens…

O projecto Iron & Wine de Sam Beam, norte-americano que é uma referência nos novos caminhos da folk, prepara-se para se apresentar em Portugal num concerto especialmente pensado para o Misty Fest: será uma íntima e rara apresentação a solo e acústica em que as suas aplaudidas canções, feitas de muitas histórias algo sombrias, ganharão um novo recorte.

Sam Beam tem visto os seus álbuns serem editados pela sub Pop nos Estados Unidos e pela 4AD na Europa, dois selos de referência que ajudam a enquadrar a sua música. Depois do lançamento de Ghost on Ghost em 2013, este ano Sam Beam prepara já um álbum de covers que dividirá com Ben Bridwell dos Band of Horses e onde se atirará a música de Pete Seeger, John Cale ou Talking Heads, sinais claros das suas amplas referências. Aplaudido pela generalidade da crítica internacional e com reconhecimento do público patente em boas posições nos tops da Billboard, Iron and Wine a solo e acústico será certamente um momento imperdível do calendário musical de 2015.

Mayra Andrade ao vivo no Misty Fest

Mayra Andrade

Mayra Andrade tem uma relação especial com o público em Portugal e essa relação sente-se nas colaborações que tem registado com artistas como Pedro Moutinho ou, mais recentemente, com António Zambujo com quem gravou um dueto de homenagem a Amália Rodrigues que a Universal em França elegeu para apresentar como single. Mas o carácter privilegiado da relação que mantém com o nosso país adivinha-se sobretudo nos aplausos que a aguardam sempre que por cá sobe a um palco, ocasiões sempre raras dada a amplitude da sua carreira internacional. Os concertos que Mayra Andrade se prepara para fazer no âmbito do Misty Fest, festival sempre dedicado a levar a melhor música às melhores salas e aos públicos mais exigentes, serão por isso mesmo ocasiões muito especiais: a 4 de Novembro subirá ao palco do Coliseu do Porto, no dia seguinte, a 5 de Novembro, será a vez do Grande Auditório do CCB em Lisboa a aplaudir e a 7 de Novembro Mayra Andrade irá apresentar-se no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.

Na bagagem, Mayra trará um concerto singular para Portugal, até porque as saudades apertam-lhe a alma: tem circulado recentemente pelo mundo com uma agenda carregada que a levou dos Estados Unidos e Canadá até à Alemanha, Áustria, França, Suíça, Turquia e Polónia. No ano passado viajou pelo Japão e Coreia, para dar apenas alguns exemplos mais exóticos, mas regressar a Portugal significa regressar a um país que bem conhece e que bem a conhece a ela. E daí o carácter particular destas apresentações. Ao Misty Fest trará por isso mesmo um alinhamento diferente, com passagem pelo seu trabalho mais recente, Lovely Difficult, pois claro, mas também por material bem conhecido retirado de álbuns anteriores, incluindo os primeiros Navega e Storia, Storia, de onde saíram alguns dos seus maiores êxitos que a afirmaram no plano internacional e a confirmaram no nosso país como uma das mais amadas vozes de Cabo Verde. Impossível perder.

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Porto, Coliseu

Lisboa, CCB

Figueira da Foz, CAE

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