Melingo tem um novo trabalho, Anda, que será editado na World Village no mês de Setembro.
Apresentado como um delírio saído de uma novela de Borges, em que Melingo surge como uma espécie de ilusionista, o novo álbum é também descrito como um filme de Fellini que se vê de olhos fechados e ouvidos bem abertos. Referências mais do que certeiras que posicionam o novo trabalho de Melingo entre o realismo e a fantasia, feito de palavras e imagens fortes e de uma música absolutamente singular onde ao tango se juntam referências de Serge Gainsbourg a Erik Satie. Sinal claro dse que o universo deste incrível criador argentino continua em expansão e cada vez mais refinado.
Ao vivo, Melingo faz-se sempre acompanhar por músicos superiores, uma banda sabedora que estudou os mais obscuros recantos do tango e das milongas, conhecendo igualmente a longa linhagem musical que se estende de Frank Zappa a Tom Waits ou os ecos de sons do mundo como os da canção árabe. Em palco, Melingo surge possuído por esse espírito exploratório e incorpora as personagens que fazem das suas canções tesouros singulares. E o público português já sabe o que esperar: depois de algumas bem sucedidas apresentações em nome próprio, Melingo esgotou o grande auditório da Gulbenkian em 2011 e deliciou-nos com o fantástico “No Sé Nada”, tema que resultou da sua colaboração com Rodrigo Leão no álbum “A Mãe”, com quem já também subiu ao palco. É um artista que conhece bem o público português e o nosso público não se cansa de o aplaudir. Anda oferecerá, certamente, novos motivos para entusiasmados aplausos.