Bio.
Benjamin Francis Leftwich
CONCERTOS DUPLOS COM SIVU
(BRAGA E AVEIRO)
- LISBOA
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O The Guardian descreve After The Rain, o mais recente trabalho de Benjamin Francis Leftwich, como “uma coisa delicada, preciosa e estranhamente reconfortante”.
São palavras certeiras, a que a publicação britânica de referência dedica ao segundo álbum do cantautor criado no cenário campestre de Yorkshire e agora baseado na zona de Tottenham, em Londres. Um fenómeno improvável do Spotify? Talvez, mas a verdade é que este jovem de 27 anos tem mais de dois milhões de pessoas a escutarem mensalmente as suas delicadas canções nessa plataforma de streaming.
A carreira de Benjamin Francis Leftwich tem um claro “antes e depois”. O álbum de estreia, Last Smoke Before the Snowstorm, editado em 2011, mereceu amplos elogios da imprensa especializada, que vê nele uma espécie de novo José Gonzalez, e alimentou uma digressão de que a sua imagem saiu firmada: um sério compositor, capaz de encantar com as suas palavras e melodias, com a sua voz e a sua guitarra. Mas depois o mundo desabou: o pai de Benjamin ficou seriamente doente, sucumbindo a um cancro que o artista viu desenvolver-se de muito perto. After The Rain é o resultado desse intenso processo de dor e cura. Benjamin quase abandonou a música, viajou para se reencontrar, foi até à Austrália em busca do conforto da família. E acabou por reencontrar a música.
After The Rain é o som de Benjamin a encontrar paz dentro de si uma vez mais. Apesar de estar formalmente perto da folk, Benjamin não é alheio a influências exteriores e confessa admiração pelo hip hop e por artistas como Drake, usa electrónica na base de algumas das suas criações, como a extraordinária “Mayflies”. Extraordinária, aliás, é toda a sua música que em palco parece ganhar uma vida ainda mais incrível e densa, puxando quem a ouve para dentro de um dos mais intrigantes universos pessoais gerados pelos cantautores contemporâneos. Vê-lo será, certamente, revelação para muitos.