Reveja aqui “Gaivota”, extraído dos ensaios para a montagem do espectáculo.
O projeto que reune dois músicos incríveis num diálogo musical especial, intenso e extramente emocionante! Lina, uma cantora extraordinária de formação clássica mas com forte ligação ao Fado por opção, uma estudiosa de Amália – reconhecida pelas assombrosas interpretações do seu reportório. E Raül Refree um dos mais inovadores músicos e produtores europeus da atualidade (Rosalia ou Lee Ranaldo’s Sonic Youth).
Piano acústico e sintetizadores analógicos com arranjos inovadores.
Quebrar as regras para fazer história!
Edição mundial – Janeiro 17 – através da multipremiada editora Glitterbeat
Travis Birds. Fixem este nome. A cantora madrilena poderá bem revelar-se a nova obsessão coletiva dos que buscam música sem fronteiras, sem classificativos fáceis, visceral, autêntica e apaixonante. A cantora, nascida em 1990, tem tudo isso. E são essas qualidades que justificam que os produtores do êxito televisivo La Casa de Papel tenham escolhido “Coyotes”, um tema que lançou já em 2019, para o genérico de El Embarcadero, nova série televisiva que promete também dar que falar.
Para lá de “Coyotes”, este ano Travis Birds já lançou “Madre Conciencia”, reforçando assim a sua aura: música que mistura uma dimensão cinemática (e se pensarem em Almodóvar isso é mais do que natural) com flamenco, pop moderna e uma rugosidade que tem tanto de Tom Waits como de PJ Harvey.
Travis Birds estreou-se em 2016 com Año X, estreou-se ao vivo no Café Berlin, recolheu espanto e aplausos, despertou paixões e fez correr tinta e agora, já em 2019, vai levantando o véu do seu novo álbum, La Costa de Los Mosquitos, com música tremenda, feroz, que fala de obsessões que soa tão familiar quanto original. Ouçam-na e certamente não vão esquecer o nome: Travis Birds.
O novo espectáculo da Teresa Salgueiro é simultaneamente uma celebração dos seus 12 anos de carreira a solo e um apelo a uma tomada de consciência para os exigentes desafios de humanização do mundo actual.
O tema que dá nome à digressão mundial tem como base o poema “Alegria” de José Saramago (in “Provavelmente Alegria”, 1970), musicado por Teresa Salgueiro e que foi estreado ao vivo no México. A ideia era surpreender a jornalista Pilar Del Río, que esteve presente no concerto, e com quem a Teresa mantém uma estreita amizade.
Para a cantora, o tema reflete e reafirma o direito à Alegria como fruição total da vida, que todos temos o dever de proporcionar ao próximo e de implementar no mundo. Numa altura em que, tendo conhecimento da realidade global social, se reconhecem tantas injustiças e quebras de liberdade, Teresa considerou importante declarar a Alegria em conjunto, como um manifesto.
Na era da digitalização, que tudo converte e reduz a números e algoritmos, o símbolo cardinal está associado à voracidade com que a realidade se transforma e reparte; por isto o afilia à palavra – numa tentativa de readequar o seu uso, tão costumadamente fugaz, associando-o à relevância de celebrar a urgência de edificação de uma sociedade humana que se quer verdadeiramente justa e respeitadora do cumprimento dos deveres, direitos e liberdades dos indivíduos, inseridos no ecossistema de que dependem e que integram.
O concerto irá reflectir os últimos 12 anos do seu percurso na música que, desde a saída dos Madredeus em 2007, correspondem precisamente ao período que marca a sua independência enquanto intérprete e produtora e, desde 2012, à sua afirmação enquanto autora da música e palavras que canta, reunidas nos álbuns “O Mistério” e “O Horizonte”.
Para além dos novos arranjos para os temas originais, escolheu de discos que gravou anteriormente canções que reflectem a sua admiração pela música popular de diversas épocas e a pluralidade cultural de várias latitudes que tem tido a felicidade de visitar nos seus 32 anos de carreira. São músicas que representam o seu pensamento e visão do mundo e do ser humano como agente de mudança. São temas que ilustram a sua capacidade interpretativa única, a versatilidade do seu instrumento vocal, bem como dos músicos que elegeu para a acompanhar:
José Peixoto – Guitarra
Fábio Palma – Acordeão
Óscar Torres – Contrabaixo
Rui Lobato – Bateria, percussão e guitarra
Maria Gadú, compositora, cantora e autora de temas conhecidos mundialmente como Shimbalaiê ou “Altar Particular”. Um dos maiores nomes de referência da Música Brasileira da actualidade.
Depois do êxito dos últimos concertos em Portugal com “Guelã ao Vivo”, Maria Gadú regressa ao nosso país para participar no Misty Fest com Pelle – uma tour de voz, violão, guitarra e os seus maiores êxitos.
No ano passado, Maria Gadú apresentou-se em doze espetáculos em cidades europeias como Roma, Milão, Florença, Cagliari e Paris acompanhada somente pela sua guitarra e violão.
Um repertório repleto das suas cancões e de outras que, não sendo de sua autoria, fazem parte da sua vida. Casas cheias e bilhetes esgotados em todos os locais por onde passou fez da Tour Pelle um sucesso.
Deixamos as palavras da própria Maria Gadú: “Depois de mais de uma década, faço essa deliciosa tour munida apenas de guitarra e violão. A solidão no palco, as canções em suas formas nuas e cruas, o improviso. Lembrando meus tempos de barzinho, tocadora de rua, violeira da noite.Bora se divertir!”
O Festival que sempre primou por apresentar a melhor música nas melhores salas estará de volta em 2019 para a sua 10ª edição. O Misty Fest 2019 continua comprometido com uma programação da mais elevada qualidade artística, mantendo a sua exigência ao nível das apresentações, privilegiando, como sempre, a qualidade acústica, o conforto e a descentralização, apresentando, uma vez mais, concertos em salas de excelência de todo o país e cimentando dessa forma um perfil que é absolutamente único no panorama nacional de festivais.
O arranque da programação é feito com o anúncio de três espetáculos que apontam em direções estéticas muito diferentes, mas que têm em comum o facto de apresentarem artistas que têm sabido merecer os mais veementes aplausos da crítica e do público mais exigente.
NITIN SAWHNEY
Beyond Skin Revisited
Finalmente, Nitin Sawhney que regressará a Portugal, mais de 10 anos depois da sua última apresentação, para revisitar um dos maiores clássicos da modernidade britânica, Beyond Skin, obra prima de que em 2019 se assinala o vigésimo aniversário. Aplaudido como um dos mais notáveis compositores britânicos, condecorado pela coroa e distinguido com regularidade pela crítica, Sawhney tem composto muito para o ecrã – é dele, por exemplo, a banda sonora de Mowgli, produção recente com marca Netflix. Neste concerto revisitará um dos mais amados encontros entre a música indiana e a eletrónica, um álbum que marcou uma época e que se prendeu ao futuro, continuando a ser referência até aos dias de hoje.
MARIA DE MEDEIROS & THE LEGENDARY TIGERMAN
24 Mila Baci
24 Mila Baci é o título romântico que designa o novo encontro de The Legendary Tigerman com Maria de Medeiros. Há 10 anos, cruzaram-se em Femina, adoptando o clássico de Nancy Sinatra “These Boots Were Made For Walking”. Agora é numa série de músicas que marcaram a história do cinema, uma arte que diz tanto a ambos os artistas, que o guitarrista-cantor e a actriz-cantora encontram o novo mote para um diálogo íntimo, como uma grande cena de um filme que todos conhecemos de cor, mas de que não conseguimos afastar os olhos. De Nino Rota até onde a imaginação os carregar…
LINA_ RAÜL REFREE
Em estreia absoluta no nosso país, Lina e Raül Refree vão apresentar um disco conjunto que irá, certamente, merecer o mais atento escrutínio dos media, tamanha a sua originalidade. Refree assinou a produção do primeiro álbum de Rosalía e também de trabalhos, de Sílvia Perez Cruz, El Niño de Elche ou Lee Ranaldo, dos Sonic Youth. Na fadista Lina conheceu o seu mais recente desafio, indo ao seu encontro com o seu particular ângulo, partindo para o fado sem o amparo dos cânones do género. O resultado, garante quem já ouviu, poderá ser um dos melhores álbuns nacionais de 2019, um álbum criado por uma dupla improvável cuja química natural motivará uma digressão internacional conjunta que tem já estreia marcada para o La Mar de Musicas, em Cartagena, em Julho, seguindo-se depois outra apresentação em Vigo, no festival Sinsal, ainda no mesmo mês.