Bio.
MISTY SESSIONS
- EMMY CURL
- JP COIMBRA
- FRANCISCO
SALES - SALOMÃO
SOARES E VANESSA MORENO - LEMOS
- BERNARDO
LOBO - TÓ TRIPS
- OS POETAS
- ANNA
SETTON - EMMY CURL
- NANCY
VIEIRA
O percurso até ao Misty Fest começou em março, no Espaço Espelho d’ Água, em Lisboa. Grandes artistas apresentam os seus espetáculos em formato mais intimista geralmente no último domingo de cada mês.
Esta Misty Session com emmy Curl está inserida no programa “Outono na Aldeia”
Neste arranque de 2022, depois do regresso da Dinamarca, onde a dada altura decidiu viver, depois da gravidez e de ultrapassado o tempo de isolamento, depois de regressar a Portugal, para viver no Funchal, depois de tanta coisa, emmy Curl decidiu que era tempo de olhar para o percurso artístico que iniciou em 2007 e reuniu em 15 Years um conjunto de peças que acredita que definem esse capítulo. E assim há recriações de temas dos seus dois álbuns – “Volto na Primavera” vem de Nadia (2015), “Devesas” e “Aliados” pertencem, claro, ao alinhamento de Oporto (2020) – mas também dos EPs que foi lançando: “Clarity” foi originalmente incluída em Origins (2012).
Por aqui encontra-se também uma fantástica versão de “Maio Maduro Maio”, tema que remete para um período em que viveu em Aveiro: todas as suas canções são, aliás, entradas num diário que continua a escrever. 15 Years terá edição em CD e vinil e, explica-nos a artista, “transportará consigo imagens e criações visuais da minha autoria além dos meus retratos, alguns autorretratos, em ordem cronológica desde então”. Um trabalho tão pessoal quanto revelador, portanto.
“Entretanto”, revela ainda emmy, “estou a compor um álbum, um amor declarado à minha terra – Trás-os-Montes – onde exploro os sons tradicionais e cânticos das montanhas. É um trabalho que vejo como uma contribuição à minha base de influências com todas as aprendizagens que reuni durante estes últimos 15 anos. Ser mãe também me libertou de muitos estigmas e inseguranças, inspirando-me a criar muito mais livre de julgamento, é um enorme entusiasmo e prazer poder cantar as minhas raízes com tanta sede de liberdade”, admite.
JP COIMBRA
Vibra foi, de certa forma, uma enorme surpresa: o nome de JP Coimbra era familiar de outros “andamentos”; o criador dos Mesa foi igualmente colaborador de notáveis projetos como Três Tristes Tigres, Goldfinger ou Bandemónio de Pedro Abrunhosa, mas avançou para novos campos com a sua estreia em nome próprio. “Vibra é um álbum de música instrumental em que a experimentação sonora reina num discurso aprazível”, escreveu-se no Rimas e Batidas. JP Coimbra cruzou a eletrónica com uma visão mais próxima da neo-clássica e deixou-se inspirar por espaços emblemáticos do Porto, em que gravou, captando. de certa forma, a “vibração” mais funda da cidade: a Casa da Música, a estação de metro do Marquês, a Fundação de Serralves, o Rio da Vila, todos esses locais estão impregnados em Vibra.
Agora, o músico, produtor e compositor volta aos palcos para apresentar o álbum em que depositou toda a sua alma e experiência, um projeto que convida à imersão e que tem inspirado os mais vívidos elogios do público e da crítica.
FRANCISCO SALES
Com Fogo na Água, o músico e compositor Francisco Sales entra numa nova fase da sua carreira. Neste terceiro álbum – com que sucede ao muito aclamado Mles Away de 2017 -, o guitarrista investiu quatro anos de trabalho e apresenta-se a explorar a sonoridade de diferentes instrumentos – não apenas as guitarras elétrica e acústica, mas também a de 12 cordas ou a icónica guitarra metálica conhecida por dobro – para erguer um muito emocional conjunto de peças que evocam ideias de força, luta e resiliência, navegando igualmente por algumas noções contrastantes já apontadas no título: o fogo e água, a terra e o ar, elementos primordiais que aqui se traduzem em música altamente evocativa e em que a identidade funda portuguesa é explorada – como acontece em “Pulsar da Terra”, por exemplo.
O músico que em Inglaterra trabalhou de perto com os Incognito de Jean Paul Maunick, agora chamou Beatriz Nunes, aclamada cantora de jazz que chegou a integrar os Madredeus, para pela primeira vez adicionar vozes a composições de sua autoria. Garante Francisco que Beatriz representa a sua própria alma. Neste trabalho que o próprio compositor descreve como sendo mais cinematográfico e em que garante ter-se reinventado como compositor, a produção foi divida com Tiago Gomes. Ao vivo, Francisco Sales vai pela primeira vez apresentar-se em trio, assumindo ele mesmo todas as guitarras enquanto Sandra Martins assegura violoncelo e voz e Edu Mundo se ocupa de baterias, percussões e ainda dá uma ajuda em guitarras e voz. Um novo trio para uma nova música que Francisco Sales agora quer partilhar com o mundo.
SALOMÃO SOARES E VANESSA MORENO
A cantora paulista Vanessa Moreno e o pianista paraibano Salomão Soares já tocado juntos em grupos maiores, mas quando se encontraram para uma gravação em estúdio tiveram a ideia de um projeto em duo. Assim surgiu “Chão de Flutuar” (2019), o primeiro álbum que a critica definiu como uma “preciosidade”, ao trazer canções de diferentes estilos da música, com muito improviso tanto na voz como no piano, mas sem perder as subtilezas e o lirísmo dessa pequena formação. Dois anos depois lançaram “Yatra-Ta”, confirmando a ideia de serem o mais expressivo dueto de jazz brasileiro da atualidade. No repertório estão compositores como Joyce Moreno, Luiz Gonzaga, Djavan, Hermeto Pascoal e Tania Maria, uma das principais influências do duo e a inspiração para o nome desse segundo trabalho.
O termo “Yatra”, em Sânscrito significa “Jornada de Transformação”. A afinidade musical apurada entre Salomão e Vanessa traz uma frescura para esse segundo trabalho, que está alicerçado nas raízes brasileiras e tem a liberdade criativa como elemento fundamental na construção dos arranjos e na execução.
LEMOS
The New Life, uma atmosférica e emocional peça de piano solo lançada já em 2022 nas plataformas de streaming, caminha muito rapidamente para os 3 milhões de plays no Spotify, uma marca assombrosa que foi garantida por Lemos, pianista e produtor português que durante anos integrou projetos nas áreas do pop-rock assinando igualmente trabalhos para cinema e televisão, mas que após a pandemia sentiu um chamamento musical muito especial, tendo-se focado na composição de peças para piano. Lemos explica que a sua música expressa um tipo de vibração muito particular que se estabelece entre o Cosmos e a Terra, sendo ele uma espécie de condutor entre essas duas dimensões. Sense of Peace, o seu álbum de estreia, encabeçou tops de vendas no iTunes Portugal e ajudou-o a angariar mais de 400 mil ouvintes mensais no Spotify, marca assinalável que tanto diz do alcance da sua música e que o posiciona como o pianista português neoclássico com mais ouvintes nessa plataforma.
A 25 de Novembro, Lemos planeia editar um segundo álbum, onde prossegue na sua exploração do piano num contexto neo-clássico que bem domina, já que estudou formalmente o instrumento desde os 11 anos. A sua música, profundamente emocional, vive igualmente de uma intenção criativa muito específica e de clara natureza conceptual: em 2022, Lemos desenvolveu o projeto “The Felt Library”, uma seleção de músicas neoclássicas de sua composição, e construiu o primeiro instrumento virtual de Felt Piano, totalmente gratuito para os compositores e que conta já com mais de 1.000 Downloads no Pianobook. O novo trabalho incluirá 12 peças criadas no seu Felt Piano vertical. Um novo mundo de música envolvente que terá manifestação num concerto pensado cuidadosamente.
BERNARDO LOBO
Bernardo Lobo é um cantor e compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro numa família musical. O pai, Edu Lobo, é um dos tesouros mais celebrados da canção brasileira, e a mãe, Wanda de Sá, igualmente artista, integrou grupos de Sérgio Mendes e Marcos Valle além de ter gravado em nome próprio.
Bernardo cresceu imerso nesse circuito musical habituando-se desde muito cedo à presença de alguns dos maiores vultos da cultura do Brasil. E, como diz o ditado bem português, “filho de peixe sabe nadar”. E cantar e tocar violão, claro. Com 25 anos de carreira e sete álbuns lançados – Nada Virtual (2000); Sábado (2006), Sábadovivo (2008), Valentia (2012), C’ALMA (2018), Uma Viola Mais que Enluarada (2019) e Zambujeira (2021), Bernardo prepara agora uma apresentação no Espelho de Água, em Lisboa, a 28 de Agosto.
Para esse íntimo encontro a que deu o título “Itinerários”, Bernardo levará canções como “Yara”,
originalmente uma parceria com Ivan Lins e Moyses Marques), “Vai e Vem”, que escreveu com Tiago Torres da Silva; ”Menina das Nuvens”, feita com Marcos Valle, ou ainda “Imagem e Semelhança”, uma colaboração com Milton Nascimento, Bernardo vai mostrar ainda músicas de outros artistas que o influenciaram como Caetano Veloso, de quem vai cantar “Força Estranha”, e seu pai, Edu Lobo , de quem interpretará a emblemática “Ponteio”.
Sempre com voz e violão, a mais pura forma de mostrar a verdade das canções.
TÓ TRIPS
O veterano Tó Trips tem uma larga experiência com um percurso que começou no rock, desembocou nos celebrados Dead Combo e que em tempos mais recentes teve também manifestação no Club Makumba.
Mas, paralelamente, Trips desenvolveu igualmente uma curiosa e original abordagem à guitarra solo, tendo lançado trabalhos como Guitarra 66 ou Guitarra Makaka.
Com um novo álbum nessa pessoal e solitária aventura a caminho, Tó Trips volta a mergulhar de cabeça no mar de notas que arranca à sua guitarra, num concerto exploratório a solo em que mostrará novas e velhas composições sempre evocativas de grandes paisagens e de histórias com tudo dentro, da euforia à melancolia.
OS POETAS
O projeto Os Poetas surgiu de encontros entre Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Hermínio Monteiro, então editor da Assírio & Alvim, em cujo espólio existiam gravações de poetas a dizerem os próprios poemas. “Entre Nós e as Palavras”, de 1997, foi o resultado de meses intensos de composição, de uma afinidade com os poetas escolhidos e da amizade cúmplice entre os dois músicos, que se nota muito quando compõem e quando atuam. Com Francisco Ribeiro (ex-Madredeus) e Margarida Araújo nas cordas, o ensemble fez alguns concertos ainda nos anos 90.
Em 2013, Os Poetas regressaram com a reedição deste álbum há muito esgotado. Durante o ano de 2012, compuseram novas músicas e reformularam o espetáculo, projetando os textos e chamando o ator Miguel Borges para dizer poemas.
Não é este um concerto para eruditos ou específicos leitores e amantes de poesia. Sendo a palavra importantíssima, e ponto de partida para a composição – ela é o comandante deste “Navio de Espelhos”; – a música não é um mero suporte, pois acaba por se fundir com os poemas. À música falada mistura-se a performance, resultando num espetáculo único e encantatório.
ANNA SETTON
Com mais de 15 anos de carreira, a cantora e compositora paulistana Anna Setton já atuou nos maiores palcos mundiais. Neste espetáculo apresenta o álbum Onde Mora Meu Coração, editado em 2021, uma coleção de músicas consolidadas no cancioneiro popular brasileiro, em interpretações emocionantes e únicas e algumas canções do seu álbum de estreia de 2018. O show ainda conta com a participação especial de Edu Sangirardi, pianista e parceiro de Anna em várias composições”
EMMY CURL
Transportando as memórias telúricas da região de Trás-os-Montes que a viu nascer, mas também a experiência conquistada numa metrópole como Copenhaga, emmy Curl traz a Portugal a sua música feita de sonho e desafio. Neste concerto emmy apresenta o seu novo álbum 15 years, um “best of” pessoal dos temas que compôs ao longo da sua carreira.
NANCY VIEIRA
Nancy Vieira é uma das grandes vozes do presente de Cabo Verde, uma verdadeira embaixadora do grande som da morna que conhece intimamente as nuances e a história da cultura do seu país. A cantora encontra-se atualmente a preparar o sucessor de Manhã Florida, um ambicioso projeto artístico com reportório cuidado que poderá merecer uma antevisão nesta apresentação em que é acompanhada por Paulo Borges ao piano. Não poderíamos desejar melhor estreia para estas Misty Sessions no Espelho d’Água, em Belém, Lisboa.